quinta-feira, janeiro 28, 2010

Agora, compreendo-vos


Desde o meu último post, achei que devia parar de escrever sobre determinadas porcarias.
E como foi que tive esta iluminação?
Simples. Apanhei o autocarro para Lisboa (calma, este é o início da história e não me apeteceu fazer parágrafo o que pode dar azo, propositado, a segundas interpretações).
Lá estava eu no terminal dos autocarros à espera do respectivo e chega um gajo com um andar estranho. Parecia que vinha todo borrado e por cada passo que dava mexia o tronco para a frente e para trás, inclinando-se para a frente e para trás. Ele devia chamar-lhes estilo. Eu digo que estava cagado.
O gajo senta-se no banco como se estivesse no sofá de casa e para passar o tempo, achou que devia entreter-se a escarrar para o chão. Era quase uma de dois em dois minutos. Um nojo impressionante.
Chegou o autocarro. Finalmente ia acabar aquela porcaria para a minha vista.
Entrei e o gajo também.
De facto, parou a porcaria para a minha vista, mas não para os meus ouvidos. Passou metade da viagem a fazer barulhos com a garganta como se estivesse a formar a respectiva, mas sem cuspir (nem quero pensar no que lhes fazia).
Tentei distrair-me e pensar em gajas famosas a correrem nuas para me apanharem e comerem-me como se não houvesse amanhã. Nisto, o cabrão da frente começa a ressonar.
Santa punheta. Será possível? A sinfonia do gajo de trás com o gajo da frente era um incentivo a tornar-me num hooligan dos autocarros. A raiva estava a a sair por todas as células do meu corpo.
Pronto. Vamos ouvir música. Merda, passado um bocadinho acabou a porra da pilha. Felizmente, já faltava pouco para chegar e os barulhos tinham acabado. Iupi. Vejo uma miudinha de dois bancos à frente, pôr-se de joelhos no banco e virar-se para trás.
"Para fazer o quê?" - dirão vocês.
Calma punheta, que estou a contar a história.
Virou-se para trás e começou a contar as piadas mais secas que já ouvi na minha vida. Do pior.
A viagem chega ao fim. Finalmente.
Saio do autocarro, ouço ainda a última escarreta do gajo que saiu a seguir e fui à procura da garrafa de vinho mais próxima e de um bocadinho de comida para acompanhar.
Ou seja, esta viagem foi remédio santo para parar de escrever sobre as minhas nojices. Nada como pôr-me na posição da outra pessoa.

Para quem ficou a pensar na Santa punheta, não, não tem dia feriado.

Beijinhos no sítio do costume,
Almancil

quarta-feira, janeiro 20, 2010

Haverá pior post?


Ele há coisas impressionantes.
Acabei de descobrir que uma rapariga que conheço casou.
Até aqui nada de extraordinário.
A mulher era uma coscuvilheira de primeira, uma má língua e tinha a fama de nem dar grandes "ripadas". Mesmo assim casou-se.
Será que o gajo sabe destas características? Será que as aprecia?
Deixar de ser coscuvilheira não é fácil. É um pilar da sua personalidade, mas dar más "foiradas" das duas uma: ou é mesmo dela e nunca mudará, porque não consegue melhor, ou era falta de aprendizagem (duvido, porque ainda passou por alguns).
Logo, ou o homem não gosta de sexo (pode gostar, mas será que gosta com mulheres), ou para ele, desde que se venha, está bom (como ela é gira e boa, basta imagina-la a fazer isto e aquilo).
Pior. Os gajos que já a comeram podem olhar para eles e pensar "Eheheh, ela não engole, nem põe o cú à defesa e só gosta de duas posições, onde de vez em quando, tentas encontrar a pulsação para saber se ainda está viva. Estás lixado." No entanto, pode ter evoluído e ser agora uma máquina de ordenha.
(Porra.
Expirei com força pelo nariz e saiu merda. Não consigo ver para onde foi, nem tenho espelhos aqui por perto. Merda.
Passei a mão pela cara. Nada. Estou a olhar para a roupa. Zero.
Hum, será que está no monitor? Não.
Man. Para onde foste gorila de um cabrão.
Ah. Encontrei. Está dentro da manga da camisa. Que nojo. Parece um ser de outro planeta a tentar fundir o meu braço com a minha camisa.)
Acabei de ler este post do início.
Se alguma vez pensaram que era impossível baixar o nível deste blog, pensem melhor outra vez.
Tenho de ficar por aqui.
Estou escandalizado com o que acabei de escrever.
Podia não editar este post. Podia, mas não seria a mesma coisa.

Calma. Ligaram agora. Perguntei quem falava e a senhora responde que era de uma empresa. Ainda bem que as pessoas explicam e têm uma identidade tão própria.

Beijinhos no sítio do costume
Almancil

sexta-feira, janeiro 15, 2010

Alguém tem um guarda-chuva?


A vida não é nada simples:
Gaja - Queres combinar alguma coisa, hoje?
Gajo - Hoje, não sei bem que me apetece fazer. Queres jantar em casa, fora, ir beber um copo...
Gaja - Tanto faz. O que te apetece?
Gajo - Para mim tanto faz.
Gaja - A mim, também. Escolhe tu.
Gajo - Se me apetecesse alguma coisa, informava o que iamos fazer. Como tanto faz, para mim, estou a pedir uma ajudinha. - diz o macho a tentar marcar posição sem ser preciso escarrar para o chão (o chamado "macho civilizado").
Gaja - Pois tu é que sabes.
Gajo - Então, vai pensando e encontramo-nos às 21h.
Às 21h.
Gajo - Então? Que se faz?
Gaja - Oh, decide tu.
Gajo - Oh rapariga. Não te apetece fazer nada? Não tens uma opinião? Honra todas aquelas mulheres que deram o que tinham pela igualdade entre os sexos. - diz o gajo à espera que espevitar a gaja.
Gaja - E tu não sabes decidir? - numa tentativa de passar a pressão para o lado.
Gajo - Mas eu já dei hipóteses. Há alguma que te puxe mais?
Gaja - Parecem todas muito bem.
Às 21h30 ainda dentro do carro e a decidir:
Gajo - Agora, esquece comer em casa, que não se comprou nada e está a ficar tarde. Queres ir jantar a algum sítio?
Gaja - Preferia jantar em casa. - F******, C******...
Gajo - Agora, onde vou comprar alguma coisa? Só se formos ao jumbo, mas vamos jantar lá para a meia noite.
Gaja - Assim não. Bolas, não sabes decidir logo tudo? - tantos sacrifícios de tantas fêmeas para isto.
Gajo - Mas tinhas dito que desta vez eras tu a orientar a cena. - em tom de gozo, para desanuviar e mostrar que está tudo na boa.
Às 22h no macdonald's com um menu big mac, uma garrafa de água e vontade de lhe enfiar o guarda-chuva no cú e abri-lo.
Conclusão: a igualdade para as mulheres é como o cú. Têm, mas só usam para o que querem, dando sempre a ilusão que está à mão de "semear".

Beijinhos no sítio do costume.
Almancil

quarta-feira, janeiro 13, 2010

Ah, Bom Velho Salazar


"Ah, Bom Velho Salazar" - é a típica frase com que o meu pai nos brinda durante o jantar e sempre que começa a rubrica sobre assaltos.
Vejamos, primeiro, um assalto a uma ourivesaria em que os donos são brutalmente agredidos; depois, uma violação seguida de roubo numa casa de uns turistas Ingleses; seguidamente, ocorre a descrição de uma violação em Lisboa; e, cereja em cima do bolo, uma assalto a um banco com tiros à queima-roupa, em que o segurança só não foi desta para melhor por milagre.
E as pessoas limitam-se a dizer, se dessem poder à polícia.
Parece-me que a policia tem poderes e atribuições suficientes. Agora, convinha era estarem onde são precisos. Andamos pela baixa de uma qualquer cidade e zero policia, acidentalmente aparece um “merdas” de um polícia municipal que anda à “caça”.
Às vezes não é necessário ter força mas saber demonstrá-la.
Bom, ninguém parece estar interessado na mulher que foi violada, o ourives agredido ou o tipo que, por morar junto de um bairro social tem de levar com violência diária.
O que representará a total ausência de Estado para proteger os seus nacionais?
Que é feito dos nossos partidos?
Pergunto: estaremos condenados a ser um Brasil?
No Courrier Internacional deste mês, a respeito da violência em cidades como S. Paulo, Rio de Janeiro, são descritos como origem da violência que descambou os pequenos assaltos a residências, bancos.
Dir-me-ão, “mas isso nunca acontecerá aqui”, pois bem, também era impossível ocorrer uma crise económica como esta.
Procuro um argumento contrário ao do meu pai.
Se alguém souber.
Abraço Bacante
Sardinha

terça-feira, janeiro 12, 2010

As Ferroadas


Sim, eu sei que vocês já devem estar à espera deste post há uns dias e que não vou surpreender, mas mesmo assim aqui vai.
Sim, vou falar do que toda a gente fala nestes últimos dias para fazer esquecer o assunto "orçamento de estado". Sim, vou falar sobre a vida sexual das abelhas na Patagónia. (como o autor ainda consegue surpreender)
Como é que a abelha consegue mandar as dela num sítio daqueles?
E se houver poucas fêmeas? (hum, o que virá aí?)
Começam a masturbar-se no arame farpado mais próximo, ou passarão os machos a "pregar ferroadas" uns aos outros (pronto, já deu início ao assunto da homossexualidade)?
Será que as abelhas passavam a ser homossexuais?
Mas lá não podiam casar. (brilhante como o autor dá a volta ao assunto para puxar para o casamento gay, mesmo quando toda a gente devia estar à espera de saber como acabaria na novela na colmeia)
Será que assistiamos a uma debandada das abelhas da Patagónia para Portugal?
Sim, para quem ainda não sabe, a lei sobre o casamento gay já foi aprovada. Já falta pouco para os homossexuais poderem casar em Portugal.
E todos nós sabemos o que isso significa.
Não, punheta, não é um incentivo para o aumento da comunidade gay em Portugal, se bem que não é mal visto:
-"Bolas, não há bilhetes para ver o jogo. E se nos enrabassemos para ver se gostamos? Dizem que quem experimenta, já não volta e agora até podemos casar."
Não me parece que deixe de haver bilhetes para os jogos de futebol, mas pelo sim, pelo não, é melhor passar a compra-los com antecedência.
A possibilidade dada aos homossexuais de se casarem é uma boa notícia, mesmo para os heteressexuais:
1 - caso seja um incentivo, os hetero passam a ter mais mercado junto do sexo oposto.
2 - bom para quintas e serviços de cattering.
3 - mais divórcios para alimentar os advogados.
Esta sim, é uma medida para impulsionar a nossa economia, até porque, assim que seja possível, começam a casar-se que nem umas doidas. É a chamada "tesão de mijo". Não interessa se acham que estão a casar com uma pessoa para ser sua companheira para sempre. O que interessa é usar o direito que há muito queriam.
Por isso, toca a casar, até porque todos sabemos que a vida de um casal passa a ser completamente diferente depois do casamento e ainda ganham mais um direito: o divórcio.
Hã. Que maravilha. Só ganhar direitos. Seus malandros.
Eu acho que o casamento gay vai ser como os centros comerciais. Todos querem ser os primeiros a experimentar no início, mas depois tudo volta à normalidade e alguns até ficam às moscas.
Tudo tem vantagens e desvantagens.
O último sismo do qual todos tanto falaram, por exemplo. É verdade que rachou umas paredes e tal, mas já imaginaram quantos pares de mamas foram abanados ao mesmo tempo?

Beijinhos no sítio do costume.
Almancil

quinta-feira, janeiro 07, 2010

AAAAAAIIIIIIII, malvado


"Ai, Lelo..." - é assim que começa uma referência ao cigano, ou quando alguém quer imitar um cigano.
As pessoas associam aos ciganos as feiras, os acampamentos, as carroças, os putos nús a sorverem o ranho, os casamentos,...
Mas qual o maior mistério da raça cigana para o "não cigano"?
Eu respondo: as ciganas.
Sabemos que têm de casar virgens, têm de ter o cabelo comprido, mas será que só o cabelo da cabeça é que tem de ser comprido? Será que se depilam, ou são farfalhudas? E se se depilam, podem aparar a rata?
Esta era uma questão pertinente até há bem pouco tempo para mim.
Esta semana estava uma cigana na rua, sentada no chão, a pedir dinheiro. Até aqui nada de anormal.
Qual acham que era o truque para derreter os cubos de gelo que passavam ao seu lado e deixarem uma moeda? Um puto ao colo? Dois? Fazer uma cara triste?
Nada disso. Estava sentada no chão, de perna aberta e de saia ligeiramente levantada. Só não via quem não queria.
E não é que tinha saída?
De facto, as gajas são lixadas e os machos são mesmo estúpidos.
Um gajo paga para ver a Mona Lisa, porque não pagar também para ver a "Mona Rachada Pintelhuda"?
O saber abrir as pernas é uma arte e isso tem o seu preço.
Eu é que não dava para cigano. Casar-me com uma virgem? Deve ser. "Pára que está a doer" (dor de tomates certa); "Não ponho isso na boca. Parece nojento." (sempre a mesma merda); "Detesto nhenha. Se te vens na minha boca vomito-te em cima" (merda, tenho de procurar outra, ou ir às putas que até sai mais barato e é certinho); "no cú? Se o cagalhão que larguei ontem doeu, quanto mais uma merda dessas" (quem manda ser grande?)
O que é certo é que se eu fosse cigano tinha mais cabelo. Já viram algum cigano careca? Ah pois é. Nada como a sujidade para ganhar calo.

Mesmo assim deixo o conselho: passem as virgens a outro com mais paciência e aproveitem as ensinadas. Menos trabalho, outro conforto.

Beijinhos no sítio do costume.
Almancil

terça-feira, janeiro 05, 2010

Dar e Receber


Olá, "famila".
Não, o alcool não deu cabo de mim. Aliás, como poderia estragar, se o alcool conserva?
"E ao quinto dia de passagem de ano, ele descansou e ingeriu um golinho de água" - palavra do senhor que me viu a beber água.
É verdade. E vejam só. Assim que engoli a água, engasguei-me logo.
Conclusão, a água não deve fazer assim tanto bem à saúde, uma vez que o corpo manifesta-se em sentido contrário.
Se te engasgares com o vinho, ou cerveja, ao ponto de sair pelo nariz (sim, também já aconteceu), só faz bem, porque desinfecta as vias respiratórias.
Com água, lava mas não desinfecta.
E que estranho é ver os únicos raios de sol do dia, apenas quando me vou deitar.
Desta forma, acordar de noite outra vez, é como se nunca tivesses saído da festa.
Sim, houve "mines", vinho e uma garrafa de bacardi para desenjoar a cerveja.
Boa música, pratos espectaculares (nem podia ser de outra forma, tendo em conta quem foi o cozinheiro) e o melhor de tudo, a companhia.
Mandem bocas, ao meu forno a lenha, seus cabrões. Mandem. O que é certo, é que o cabrão do javali ficou um mimo.
Enfim, bebedeiras à parte, tenho de falar numa coisa que também marcou esta época: as prendas de natal.
Ai Natal, coisa linda, amor e paz. Tudo bem, mas e as prendas?
O que seria do Natal, sem o chocolate e a peúga?
Aliás, as primeiras coisas que o Grinch roubou, foram as peúgas e os perfumes.
Mas essa época traz outros sentimentos, nomeadamente aquele que sentimos quando recebemos uma prenda de alguém que não estavamos à espera e para quem não compramos nada.
O que fazer?
Ir à pressa comprar qualquer coisa?
Embrulhar uma caixa de "ferrerro rochés"?
Ou agradecer e pensarmos: "Olha que maravilha. Esta é uma época de dar e não de receber."
Esta última alternativa é fantástica, sobretudo porque é aquela que nos faz poupar algum dinheiro na compra de algo sem significado só para dizer que também compramos.
O verso da medalha é que, provavelmente, deve haver mais pessoas com esta ideia, o que significa que podes ser alvo desta crença.
Mas o verbo "dar" é dos mais bonitos, senão vejamos: "dar amor", "dar prendas", "dar carinho", "dar uma mãozinha", "dar uma", "dar a pássara",...
E o que seria do verbo "dar" sem o verbo "receber": "receber amor", "receber prendas", "receber o cuzinho", receber um broche",...
Sim, acho que gosto mais do verbo "receber".

"Dêem" e "recebam" muito.

Beijinhos no sítio do costume.
Almancil

domingo, janeiro 03, 2010

Cuidado ao cair!


Campanha publicitária patrocinada pelo hospital de Almancil devido à constante ocorrencia dos factos descritos no vídeo por um anónimo jovem advogado que desde o incidente do supermercado passou a sentir o mundo de outra forma.