sexta-feira, maio 31, 2013

Reclamação, ou inveja?

Hoje, voltei a ouvir no radio, pessoas a reclamarem que os seus vizinhos fazem muito barulho quando fazem o amor. Isto é motivo de reclamação, ou de inveja? Qual é o problema dos vizinhos estarem a mandar uma às 2h, ou mesmo à hora de almoço? "Ah e tal parece que a estão a matar." - diziam algumas. Reparei que, de facto, as pessoas que mais se queixavam eram do sexo feminino e isto leva-nos a uma ideia: será que estas queixam-se do barulho, ou de não serem elas a fazer esse barulho? E se for por não fazerem esse barulho, é porque não têm macho capaz de pô-las em tom Maria Callas, ou embora tenham, não conseguem explodir da mesma maneira? Nem vou colocar em cima da mesa aquelas que queriam, mas não podem porque vivem com a sogra. Eu sempre achei piada à guinchadela das vizinhas. É uma espécie de filme pornográfico passado na radio, ou o sexyhot codificado como antigamente. Que horas bem passadas, colado à coluna da televisão a ouvir gemidos, gritos, arfar, chuac chuac e o tradicional peido de cona. Ah, tanta companhia me fizeram esses grandes actores em noites mais solitárias. Cabranagem, não entendam as explosões de amor como ofensas ao ouvido e ao sossego, mas como um desafio: "Consegues melhor?" Esta é que deve ser a abordagem. Estão a ganir? Pois bem, vamos mostrar que somos melhores. E se percebem que as vossas gajas não atingem o mesmo tom, não custa nada. É sacar de um alfinete e espeta-lo nas nalgas da amiguinha e logo vêm quem ganha. Alguns mais conservadores dirão que isso ia acabar com a festarola e o gajo ficava a chuchar no dedo e a consequente dor de tomate. Nada disso. Aproveitem o momento para treinar a posição rodeo - espetam o alfinete e depois é ver quanto tempo aguentam em cima até que ela vos atire ao chão. Beijinhos no sítio do costume, Almancil

quarta-feira, maio 08, 2013

O jantar

Ora e aconteceu mais um jantar. Para quem conhece a dinamica dos jantares dos Bacantes, posso dizer que voltou a acontecer magia. Voltar a encontrar as pessoas que deixamos de ver diariamente, conhecer outros bacantes. Impecável. Apenas uma palavra de agradecimento à cozinheira da tasca pela inovadora batata frita com sabor a peixe frito, a qual embora merece respeito pela imaginação e coragem em apostar na inspiração inglesa. De fato, o problema não era da Sra., mas sim dos palatos conservadores da comunidade bacante, que não conseguiram perceber o alcance imaginativo da Sra. que para além de da inovação, ainda conseguiu trazer-nos à memória outros jantares de outros tempo, que segundo um bacante e passo a citar "fazem-me cagar com cheiro a destilaria". No entanto, diga-se em abono da verdade, que a cozinheira brilhou no vinho apresentado que nós levamos e no café, esse sim, estava de facto no ponto: quente e sabia a café. Um obrigado também à espevitada rouca e à girinha trombuda que nos serviram com grande profissionalismo tasqueiro e que explicaram a questão das batatas com sabor a peixe frito de forma prática e de uma eloquência invejável: Espevitada rouca - "Há algum problema com as batatas?" - perguntou a espevitada quando viu alguns bacantes a cheirarem as batatas e a torcerem o nariz. Bacante - "As batatas cheiram a peixe frito." Espevitada rouca - "Ainda gostava de saber o que é que comem em casa." - virando as costas. Olé. Agora, toca a pensar no próximo ajuntamento. Beijinhos no sítio do costume, Almancil