quarta-feira, setembro 22, 2010

Jantar de Tertúlia da latada



Olá "famila".
Parece que está a aproximar-se mais uma latada e por pura coincidência mais um jantar de tertúlia de velhos e novos bacantes. Em bom algarvio, é o "caldear" de gerações.
Assim sendo, o jantar de tertúlia será no dia 23 de Outubro, o qual, por pura coincidência, como já tinha dito, é no sábado da latada, às 20h30, no jardim da manga.
Todos aqueles que quiserem/puderem ir, queiram deixar a vossa confirmação aqui, ou na página da patrícia no facebook, ou liguem directamente para mim.
Venham dai as confirmações e as famosas desculpas para esconder a falta de ritmo/estaleca para este jantar.
Vamos, mais uma vez, encarnar o espírito bacante e viver Coimbra.
Contamos com todos.

Beijinhos no sítio do costume
Almancil

quinta-feira, setembro 02, 2010

Ida ao café


Isto da ida ao café é muito bonito.
Vamos lá, não só pelo café, a mini e a isca no pão, mas sobretudo porque sabemos que estão lá os nossos amigos. E aquele sítio parece o sítio mais fixe do mundo. Para quê ir a outro lado se o pessoal está lá e é tudo mais barato? Para não falar que já conhecemos o dono e se não tiveres dinheiro, logo pagamos no dia seguinte. Sem stress.
Mas e se formos ao café do amigo? Ou seja e se formos a um café que não conhecemos, nem conhecemos as pessoas, excepto o amigo com quem vamos?
Meus amigos, aí aquele café, mesmo que seja igual ao nosso, passa a ser uma casa com paredes brancas, bem iluminado, chão meio sujo, ou então a sujidade já se entranhou de tal forma que passou a fazer parte da cor do chão, sendo que se a mesma for retirada, os clientes vão logo dizer que o dono anda a encher-se com o dinheiro deles ao ponto de ter mudado o chão e que descaracterizou o espaço.
Há uma mesa de snooker, mas já está ocupada por pessoas que nunca vi.
Tentas integrar-te e se te convidam para jogar às cartas, alinhas. No entanto, começas a perceber que aquele pessoal leva as cartas demasiado a sério. Contam as cartas ao ponto de saberem quantos pontos já sairam, vão sair, naipes que sairam e que faltam sair,... Man, é só um jogo. Se quero ganhar? Claro, nem sei o que é jogar a algo sem que haja vencedores e perdedores, mas a minha cabeça não consegue gravar todas essas contas e tácticas das cartas. Eu sei que deve ter um truque, mas nunca percebi qual.
Resultado: vêem que jogas uma merda e que estás a afundar o teu companheiro que é cliente da casa e está a ser alvo de gozo, por parte dos mais velhos com o tal cigarro no canto da boca e uma mini cristal morna num canto da mesa e estás a deixar o teu amigo desconfortável ao pé do pessoal amigo dele.
E é aqui que me começo a passar com aquela merda.
Então, o raio do velho pede uma mini e deixa-a aquecer?
Mas que falta de respeito pela ética e protocolo da mini, vem a ser este? Quer demorar 3 horas a beber alguma coisa? Fácil. Pede uma aguardente, ou um ice tea e vai pedindo cubos de gelo.
Agora pedir uma mini deixa-la aquecer e morrer na mesa é um acto de vandalismo infantil e sem respeito por nada.
Voltando ao café. Perante este cenário das cartas, para salvares a honra do teu colega de cartas, o que fazes? Dizes que já chega e dás o teu lugar a outro.
Agradas o teu colega que deixa de ter um estorvo que o enterra e agradas o gajo que está em cima de ti a ver o teu jogo e a dar dicas ao ouvido.
Doninha de um raio. Queres jogar, diz logo, porra.
Sais das cartas. Segues para a mesa de snooker. Continua ocupada. Ficas a ver o jogo.
O sentimento de seca começa a apoderar-se de ti e o pensamento "alguém que me venha buscar" começa a ser constante e parece que o raio do relógio parou e nunca mais é hora de ir embora.
Sentes que o teu amigo se apercebeu que estás a secar. Não é de estranhar, já que te apanhou um dos bocejos dessa noite.
Assim sendo, para não estragares a noite do rapaz, juntas-te à tua amiga de longa data: a mini sagres.
Sentas-te ao pé do velho que estava a gozar, enquanto matava a sua mini, despachas a tua e perguntas se ele quer uma colher para a sopa que está dentro da garrafa.
O velho, que se julga grande machão, fica lixado, mas todos os outros se riem.
Foi uma jogada arriscada? Foi. Sem o riso dos outros ficaria cortado, sem direito a consumir o que quer que fosse, mas perdido por cem, perdido por mil.
Dez minis depois, o sítio continua a ser estranho e sem piada, mas pelo menos já não estou a olhar para o relógio e a secar. Porquê? Porque estava em processo de hidratação física e psicológica.

No fundo ir ao café do amigo é como comer a gaja de outro: no início vamos com fezada e entusiasmo, mas passado um bocadinho já sentimos falta da nossa.

Beijinhos no sítio do costume,
Almancil