terça-feira, novembro 17, 2009

Triste e Revoltante


Pessoal peço desculpa por vos desiludir, mas o cú do post anterior não é meu.
É verdade. Podia ser. Lá isso podia. Mas não é.
E digo isto com uma certa mágoa por pensarem que eu era capaz de uma coisa daquelas.
Será que alguém pensou no que sentiu a parede, quando foi penetrada daquela forma?
A falta de lubrificação é notória, mas apenas se fala do homem que ficou preso e não dos horrores que a parede sentiu na tijoleira.
Não estamos perante uma tentativa de assalto. Estamos perante um crime de violação.
Que eu saiba, a parede ainda não foi ouvida, mas certamente não deu o seu consentimento para o acto de penetração.
E deixem-se de risinhos, porque todos nós temos, ou já tivemos, uma parede de que gostamos. Gostamos tanto da nossa parede, que a pintamos para a tornar mais bonita. Os mais ciumentos e possessivos, chegam a vestir a sua de azulejos para que ninguém veja a sua cor, a sua essência, o cimento no fundo.
Os masoquistas desenham uma mulher na parede, com a pássara na ficha eléctrica. Dizem que são "ripadas de pôr os cabelos em pé".
Será que ainda ninguém se lembrou de criar uma associação de defesa dos direitos das paredes?
Quer dizer, existe uma Associação dos Pequenos Produtores Rurais de Mamona de Caracol, mas ninguém se lembra das paredes deste país.
É triste e revoltante para onde esta sociedade se encaminha.
Quando estamos com uma mulher, temos de ter todas as cautelas, mas "estão-se nas tintas" para as paredes.
Aliás, como as coisas estão, não deve estar muito longe o dia em que para salvaguardar os nossos interesses, antes de "espetar o nabo", pedimos à mulher que assine uma declaração onde autoriza que o homem tenha relações sexuais consigo e ainda lhe dê espaço de manobra para umas lambidelas aqui e ali.
Esta declaração estará sujeita a reconhecimento de assinatura presencial, caso contrário, a mulher terá 8 dias para se arrepender e apresentar queixa por violação.
E é esta a realidade do macho.
Antes era quando nós quisessemos. No futuro, será conforme o aconselhamento do advogado da mulher.
Quem ganha com isto? Os grandes escritórios de advogados.
Quem fica a perder? O Zé Tolas.

Beijinhos no sítio do costume.
Almancil

5 comentários:

Anónimo disse...

Do melhor

Anónimo disse...

Certamente já muitas paredes sofreram do mal da falta de lubrificação e limitaram-se a calar. Porquê? Talvez sentissem alguma vergonha de estarem excitadas e desejarem a pessoa com quem estão, mas ainda assim não conseguem ficar prontas para a relação sexual.

E que tal os homens mostrarem algum tacto e sensibilidade no que toca a esta questão?

Se sentem que está alguma coisa mais difícil nas entradas, porque não as humedecem? (Sim escrevi no plural)

Ajudam a mulher e ajudam-se a vocês também que da próxima têm entrada garantida em vez de uma recusa porque doeu.

Claro está que há também o inverso.
Aquela mulher que com um beijo ou um toque no sítio certo fica logo pronta.
Essas só terão dor se realmente não desejarem a pessoa com quem estão. E aí pode perguntar-se, se não deseja porque está?

Agora falar destas coisas com o advogado e fazer acordos, só se for o advogado o parceiro.

Beijinhos
A visitante

Anónimo disse...

Visitante: nunca digas deste leite não beberei.

Almancil

Anónimo disse...

Almancil, acordo que meta advogado, só se for o meu parceiro.
E ainda assim esse acordo, no máximo, poderá ser qualquer coisa do género "hoje abusas de mim mas amanhã abuso eu".

Beijinhos
A visitante

Anónimo disse...

Visitante: deixaste em lágrimas com tanta sabedoria.

Almancil