quarta-feira, outubro 21, 2009
O macho
Tenho escrito muita coisa sobre as mulheres e sobre os seus feitios, qualidades e defeitos, mas... e os homens.
Sim, nós também não somos do mais fácil e simples que há.
É verdade que somos muito básicos em alguns aspectos, mas e em relação a sentimentos?
Pois aí está um conceito do qual muitos fogem para nem terem de pensar nisso.
Como se sabe se um gajo está com uma mulher porque gosta dela, ou porque quer saltar-lhe para a cueca, ou porque quer continuar a saltar-lhe para cueca, ou porque acha apenas que não consegue encontrar ninguém melhor?
Não é fácil.
Os homens conseguem separar o amor do sexo, ou seja, não precisam de estar apaixonados, ou gostar da pessoa para dar a tal ripada. Se tiver um palminho de cara e for jeitosa, qual amor, qual quê. Até pode ser completamente oca, mas é coisinha que dura pouco tempo. É aqui que começamos a perceber se gostam, ou não da pessoa.
Se estão com ela há muito tempo, certamente, não será só pelo seu corpinho. De facto, o factor " longa duração" é um grande indicador do que o homem pensa em relação a ela (ou porque gosta dela, ou porque tem medo de arriscar e ficar sem ninguém).
No entanto, a complexidade da cebeça superior do macho não fica por aqui.
Ele pode amar uma mulher e sentir-se atraído por outra. Pode mesmo ceder ao desejo, sem nunca deixar de amar a 1ª. É só pela judiaria. Mas vá lá explicar-se isto à 1ª.
Qualquer homem que diga à sua mulher que esteve com outra, mas que não significou nada e que foi apenas sexo, mostra que não quer continuar com ela, pois sabe que essas declarações irão destruir a confiança entre os dois e que ela vai sair pela porta fora (não obrigatoriamente assim, mas existem grandes probabilidades de assim ser).
Logo, se é para arranjar uma amante, que seja um "topo de gama", ou uma mulher normal, mas com algo que a eleve acima de todas as outras. Sim, as mulheres normais e mesmo as que pertencem ao patamar "trambolho" podem ser grandes máquinas de ordenha, sobretudo as deste patamar. Reparem que se têm pouca saída, quando apanham alguma coisinha, toca a tirar a barriga de miséria e a dar tudo o que têm. As "topo de gama", óptimas para apresentar aos amigos, andam, normalmente de barriguinha cheia e assumem uma postura de patroas: "deixa lá ver o que ele sabe fazer".
No entanto, as "topo de gama" têm outra particularidade que é despertarem a atenção das outras mulheres sobre o homem que está ao lado delas: "o que será que ele tem para ter conseguido aquela?"
E quando somos obrigados a escolher entre a namorada e a amante? Entre o amor e o desejo? O que fazer?
Depende.
Se a amante está a trair o seu marido, certamente não será uma pessoa de confiança - se trai um, pode muito bem trair-te.
Se é pelo sexo, chuta para lançamento. Sexo é bom, sim senhor, mas mais dia, menos dia vai apetecer-te mais qualquer coisa, como por exemplo ter alguém que te ajude, ou que te ouça e isso não se consegue enquanto ela está a fazer o relato da bola.
Se já não tens grandes conversas com a tua mulher, estás a caminhar para o fim.
Se já não te apetece surpreende-la, ou ela já não te surpreende, será que ainda vale a pena dar luta?
Se a tu amulher passou a desleixar-se com a depilação e quando está em casa contigo veste sempre aquele fato de treino que detestas e que a faz parecer um gajo a ver a bola, começas a ver a amante com outros olhos.
No entanto, não te esqueças que quando a amante passar a namorada, é bem provável que ganhe todos estes defeitos de que falei.
Se estás farto, muda. Se não estás, aproveita antes que te fartes. Mas nunca fiques com alguém, apenas porque tens medo de ficar sozinho.
Viver uma mentira é como uma punheta: é engraçado, mas não tem emoção.
Beijinhos no sítio do costume.
Almancil
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10 comentários:
Pois é... Finalmente um post a admitir a grande complicação que são os homens.
Pela minha parte adorei a forma como conseguiu analisar a cabeça (de cima, como refere) dos homens.
É verdade que o factor longa duração significa muito numa relação. Se ambos estão um com o outro há muito tempo é porque se completam. E aqui refiro-me a todos os aspectos de uma relação, desde o emocional ao sexual.
Por exemplo, um namoro de 6, 7 ou 8anos. O homem conhece uma mulher que ele sabe que o adora e que faria qualquer coisa para ser ela a usufruir da sua companhia permanentemente. Ele sente qualquer coisa muito forte por ela (o que quer que isso signifique na linguagem masculina)e, não fosse o caso de estar "comprometido" até haveria alguma hipótese de uma relação entre os dois.
Afinal, o que é melhor?
Assegurar o conforto que já têm na relação actual e não pensar na mudança?
Talvez seja o mais viável e por isso não se pensa sequer em mudança, por muito que se sintam cúmplices e próximos emocionalmente por outra que não a efectiva.
Em todo o caso, admiro os homens que conseguem manter a sua relação e não a põem em risco por nada nem ninguém, mesmo que se goste muito de outra pessoa.
Mas sim, cabeças complicadas que tantas vezes nos tiram do sério mas que efectivamente são a alegria dos nossos dias e nos dão a companhia e o carinho que precisamos para nos sentirmos felizes.
Homens complicados, mulheres complicadas, talvez por isso precisem uns dos outros para se sentirem realizados emocionalmente.
Afinal de contas, será que alguém nasceu para ficar sozinho?
(Desculpem a extensão do comment)
Beijinhos
A visitante
Visitante: O problema é que nessas relações de longa duração, muitas vezes, o homem, ou a mulher, já perdeu o interesse, o fogo, a paixão e ainda continua com ela porque tem medo de ficar sozinho. Aquilo a que chamo de "um mal menor", porque muitos preferem uma companhia menos má do que a hipótese de solidão. Nada mais errado, na minha opinião.
Com tanta maminha por aí, se conseguiu aquele par, certamente conseguirá outro.
Por isso nem sempre uma relação de anos significa cumplicidade e ou amor.
Ficar com o que se tem, é sempre o mais confortável, mas será a melhor decisão?
Numa busca constante pelo conceito de felicidade, será positivo optar pelo "confortável"?
Eu admiro, sim, quem se sente completo.
(Man, nem pareço eu neste comment. Aproveitem que não é sempre)
Almancil
É certo o que diz.
É bom não se ter receio de arriscar a mudança, mas a verdade é que permanece sempre a dúvida "será que vale mesmo a pena arriscar o certo pelo incerto?"
A procura da felicidade vai ser sempre constante, seja com quem está, seja depois.
Enfim, vidas (como tão bem refere tantas vezes)...
A visitante
Pois eu sou da opinião de que se começamos a sentir alguma coisa por outra pessoa, é porque não estamos 100% satisfeitos com o que temos.
Eu prefiro arrepender-me do que fiz, do que passar uma vida a pensar no que podia ter feito e no que podia ter acontecido se fizesse.
Se errar, paciência. Mas... e se acertar?
O incerto pode ser pior do que o certo, mas... e se for melhor?
Enfim, tal como disseste que costumo dizer: vidas.
Almancil
Concordo e assino por baixo.
Post muito sério este.
Sabes, ouch...
Tocou-me um bocadinho :)
Gostei mesmo muito deste post.
Parabéns a essa criatividade fantástica e a essa facilidade de análise que caracteriza cada post.
Beijinhos :)
Anónimo: Boa sorte para as tuas decisões.
Almancil
Desculpa, nao assinei...
E não são bem minhas as decisões.
E sabes, essas ja foram tomadas por quem de direito hehehehe
Em todo o caso, os meus parabéns por tão boa escrita que tens.
Beijinhos
A visitante :)
Mas afinal qual dos dois é que tem uma paixão por resolver?
Mas afinal o que é isto? O consultório da Maria?
O importante agora é o Jantar da Latada, alguém tem novidades?
Eu Vou
Um abraço Sengo
Sengo: Que orgulho. Meu amigo. Um bebedo.
Eheheh.
Almancil
Que tu és pouco, não gostas é???
Um abraço Sengo
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