segunda-feira, setembro 21, 2009
Merdas
Este fim de semana fez com que voltasse a pensar sobre expressões e situações na nossa sociedade.
1-O copo.
Pedes 2 imperiais e vais pagar as duas.
A pessoa para quem é a 2ª diz "Eu pago."
Eu guardo a carteira.
Resultado: sou criticado pelo pessoal que está conosco.
Criticado porquê? A pessoa disse que pagava. Que queriam que fizesse? Que fosse cínico e dissesse indirectamente que não queria beber de borla? Deve ser.
-"Eu pago."
-"Ora essa. Eu é que pago."
-"Nem pensar. Eu pago."
-"Não nos vamos chatear. Eu pago e não se fala mais nisso."
-"Nada disso. Não aceite o cartão deste sr.."
Era isto que queriam? Ambos gostam de beber de borla, mas querem dar um mimo ao outro, ou então ficar bem vistos, mas para quê? Logo paga a próxima, não é?
E se a pessoa quiser pagar copos a noite inteira? É deixa-lo, certo Sardinha?
Comigo, se estão à espera que comece a discutir para não beber de borla, esqueçam.
2- O início da conversa.
Um gajo está num bar a dançar. Encontra outra pessoa e esta pergunta "que estás aqui a fazer?"
Valerá a pena comentar esta pergunta?
Não seria mais fácil dizer "olá"?
Esta está ao nível da pergunta "estás a dormir?", a qual piora se a resposta for "estou".
3- Assuntos de café.
A forma como se muda de assunto quando estamos na treta num jantar, ou num bar é algo que me transcende.
Como é possível estar a falar da campanha eleitoral do CDS, passar para o Sporting, ir à economia mundial e acabar a falar de sexo e gajas?
Sim,é verdade. Isto acontece porque o pessoal ainda não parou de beber e se continuar ao ritmo inicial, o assunto final será mais ou menos este "askdjk, mijar, sdfcjsjidh, mine".
Mas, para além do álcool, qual será o elo de ligação?
É simples. É a "foda". É verdade. Ou são coisas que já estão "fodidas", ou que ainda se vão "foder".
"Oh Almancil, que ordinário. Bateste mesmo no fundo." - dirão vocês.
Porquê?
Apenas porque usei palavras que são consideradas palavrões, ou asneiras?
Mas porquê estas palavras? Por que não consideraram a palavra "rosa" uma asneira?
Segundo o neto da Dona Glória, isto aconteceu porque antigamente, tudo o que estava relacionado com sexo, ou necessidades fisiológicas era tabú e queriam tapar/esconder tudo o que estivesse relacionado.
No entanto, o pessoal tinha mais filhos na altura e cagava ao ar livre. Se de facto era tabu, como sabiam qual a porta onde deviam entrar? Como conseguiam distiguir entre a porta da frente e a dos fundos?
Mas ainda bem, que o ser humano escolheu algumas palavras para considera-las asneiras.
Haverá alguma coisa mais libertadora, do que dizer "merda" (no mínimo), quando derramamos água em cima do portátil? Ou quando reparamos que se acabou o papel, quando estamos a meio de uma merda?
O meu obrigado a quem teve essa ideia. Caso contrário, o que diriamos se dessemos uma martelada num dedo? Ai? Please.
Beijinhos no sítio do costume.
Almancil
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
3 comentários:
Apoiado.
Estava ontem a chegar à FDUC para a aula fantasma, e vi o nosso iminente estandarte.
De longe, a melhor tertúlia de todo o sempre. Assim, já fiquei a associar algumas caras à Patrícia!
Um abraço bacante!
Afonso
AP: Vieram-te as lágrimas aos olhos?
A mim acontece.
Aquele estandarte que viveu na minha casa durante anos.
É a vida.
Almancil
Enviar um comentário